sábado, 15 de fevereiro de 2014

Presidente assina decreto que autoriza ação do Exército no sul da Bahia

A presidente Dilma Rousseff autorizou nesta sexta-feira (14) a atuação do Exército na área de conflito entre produtores rurais e índios tupinambás no sul da Bahia. No total, 524 militares de Salvador, Feira de Santana, Barreiras e Aracaju reforçam a segurança na região. O decreto é válido até 14 de março e prevê a atuação do Exército nas cidades de Una, Ilhéus, e Buerarema. 

Na quarta-feira (12), os militares começaram a desembarcar em Ilhéus. O último grupo, formado por 30 homens do 4º Batalhão de Engenharia de Construção, de Barreiras, chegou nesta sexta-feira (14). De acordo com o Ministério da Defesa, o decreto dá poder de polícia ao Exército, permitindo que os militares realizem vistorias, prendem suspeitos, façam barreiras em estradas e realizem operações. O general Racine Bezerra Lima Filho, comandante da 6º Região Militar, está à frente das ações.
A tropa, que atuará em conjunto com as polícias Civil, Militar e Federal, conta com o apoio de um avião e dois helicópteros. O Exército aguardava o decreto da presidente para reforçar a segurança na região.
Na última terça-feira, o governador Jaques Wagner oficializou ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o pedido para aplicação do instrumento Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na área. Anteriormente, Wagner havia tratado da questão com a presidente Dilma.
Previsto na Constituição Federal, a GLO é utilizado quando situações que fogem do controle colocam em risco a segurança da população. “Repudio qualquer tentativa das partes de fazer justiça com as próprias mãos. O Brasil é uma democracia consolidada. As soluções surgirão via Judiciário e após muita negociação”, disse o governador.
O conflito entre produtores rurais e índios tem se intensificado desde o final do ano passado. A situação se agravou nos últimos dias, depois da morte do produtor rural Juracy dos Santos Santana, 44 anos, assassinado dentro de casa, em um assentamento na cidade de Una, na última segunda-feira. Os produtores rurais acusam os índios pelo assassinato.
No dia seguinte à morte de Juracy, moradores de Buerarema fecharam a BR-101 e destruíram parte da mureta de uma ponte na rodovia. Houve confronto entre policiais militares e manifestantes, inclusive com uso de bombas de efeito moral. De madrugada, duas agências bancárias e um posto de combustível foram depredados.
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Postado por A Guilhotina

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