sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Água nas escolas: grupo intersetorial se reúne em fevereiro

Da Agencia da Câmara

Dep. zezéu ribeiro 283x173
Ribeiro: Prefeituras e estados têm que se conscientizar de que água em escolas é tão importante quanto Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida.
O grupo intersetorial criado para acelerar a implantação de sistema de abastecimento de água em todas as escolas do semiárido se reunirá no próximo dia 11 de fevereiro para dar continuidade ao trabalho, sob a coordenação do deputado Zezéu Ribeiro (PT-BA).
A meta principal do grupo intersetorial será a instalação de cisternas de 52 mil litros em 15 mil escolas da região.
A instalação de cisternas seria uma solução imediata enquanto não é possível adotar sistemas definitivos de abastecimento e de tratamento de água.
Zezéu Ribeiro destaca que o problema repercute no aprendizado e na saúde das pessoas. “Temos que envolver prefeituras, estados e para isso precisamos que todos se conscientizem de que água para todos e, nesse caso para as escolas, é tão importante quanto outros programas, como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida, justamente pela grande repercussão que terá na vida de tantos brasileiros e não apenas no semiárido, mas também em áreas rurais do Norte e Centro Oeste”, afirmou o parlamentar.
Seminário na Câmara
Com representantes dos ministérios da Integração, do Desenvolvimento Social, da Educação e do Desenvolvimento Agrário e de entidades da sociedade civil, o grupo é o primeiro resultado do seminário “Toda Escola do Semiárido com Água, Cozinha e Banheiros”, realizado no final do ano pela Bancada do Nordeste e pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

No debate, a coordenadora de Educação do Unicef no Brasil, Maria de Salete Silva, criticou justamente a falta de uma articulação entre os interessados. "Deve ter na Esplanada dos Ministérios uns quatro ou cinco programas chamados de "Água na Escola". É preciso fazer eles conversarem entre si. Alguém tem que assumir a responsabilidade desta liderança. Sob pena de a gente ter dois, três, quatro programas que, por não conversarem, não conseguem ter a efetividade que precisam"
Rosicleide Ferreira, do Ministério do Desenvolvimento Social, disse que, apenas 10% das 15 mil cisternas foram construídas até agora. Ela enfatizou, porém, que é necessário introduzir o tema da gestão do uso da água nos currículos das escolas do semiárido. 
Para Rosicleide, as crianças precisam entender o papel do armazenamento de água na região semiárida. “É uma situação da vida. Desde pequena, ela trabalha com uma restrição. Em vez de ela trabalhar com uma restrição como uma negação - negação por morar no semiárido, negação por morar em área de seca - ela trabalha com o valor do que ela pode acumular."

Thiago Tobias, do Ministério da Educação, lembrou que muitas das escolas sem água não têm endereço conhecido e algumas não podem receber recursos de programas federais porque não têm um conselho escolar organizado.
Entidades participantes
Participam desse esforço a Articulação para o Semiárido (ASA), entidade que reúne mais de 700 organizações não governamentais (ONGs), a Rede de Educação para o Semiárido Brasileiro (Resab), o Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que coordena o Pacto Nacional Um Mundo para a Criança e o Adolescente do Semiárido. Além dos ministérios, participam ainda a Agência Nacional de Águas (ANA), a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
Da Redação - RCA

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