quarta-feira, 17 de julho de 2013

ALIANÇA DE PP COM AÉCIO MUDARÁ CENÁRIO POLÍTICO NA BAHIA

 

Partido de Jabes e do deputado federal Mário Negromonte, tende a se aliar aos tucanos.
Partido de Jabes e do deputado federal Mário Negromonte, tende a se aliar aos tucanos.
 
O cenário incerto na conjuntura da política nacional, pontuado nas dificuldades da presidente Dilma Rousseff (PT) no Congresso Nacional, pode trazer mudanças para o quadro da base estadual, liderada pelo governador Jaques Wagner (PT) em 2014.
 
O poder de articulação das lideranças petistas, somado à posição de destaque dos partidos na esfera federal, não tem sido garantia de firmeza nas alianças. Em meio a esse contexto surge uma possibilidade de articulação entre os partidos de campos opostos, PP e PSDB.
Nos bastidores consta que as siglas estariam em clima de conversação sobre as eleições de 2014. Eles já são aliados nos estados de Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná e Piauí. Caso o casamento no plano nacional ocorra numa costura de apoio ao pré-candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB), impactará na composição do palanque do candidato à sucessão de Wagner.
 
A situação ainda não é confirmada pelas lideranças, mas já teria sido assunto interno, conforme rumores. O próprio vice-presidente nacional do PP, deputado federal Mário Negromonte, afirmou para a reportagem da Tribuna que o vice-governador do governo de Goiás é do PP e o de Minas Gerais também. Entretanto, ele preferiu a cautela ao reforçar que: “Na realidade não tem (conversa). Somos aliados no governo federal e na Bahia. Não discutimos isso no partido. As eleições estão longe ainda e é preciso ver a situação em cada estado”, disse, enquanto se reunia ontem, em Brasília, com lideranças do partido no gabinete do presidente nacional da sigla, o senador Ciro Nogueira. No governo baiano, o PP dirige as pastas de Agricultura, Portos, Integração Regional e suas autarquias.
 
Apesar de não confirmar a aproximação com os tucanos, Negromonte deixou claro mais adiante que o PP ainda não tem lado certo no palanque presidencial. “O partido não definiu. Vamos discutir ainda, assim como outros partidos também já disseram isso. Vamos ver essa questão lá na frente a partir das composições regionais”, afirmou.
Na hipótese de se tornarem aliados, o palanque baiano é que sofreria alterações, já que Negromonte, que disse em dado momento pleitear a vaga ao Senado, é cotado para posição de vice-governador na chapa do candidato de Wagner. Lideranças e deputados também deixam claro o peso da legenda para justificar a busca por um espaço maior. Eles lembram que, atualmente, o PP tem 500 vereadores, 55 prefeitos e 56 vice-prefeitos na Bahia.
 
TUCANO DIZ QUE PP É BEM-VINDO – Se depender dos tucanos, uma aliança não é descartada, porém a composição prioritária é formada pelos partidos que se juntaram na eleição municipal de Salvador em 2012 (PSDB, DEM, PMDB, PV e PPS).  Um dos líderes do PSDB baiano, o deputado federal Jutahy Magalhães reforça que o partido trabalha atualmente com o nome do ex-prefeito de Mata de São João Gualberto (PSDB), como uma possibilidade para 2014 e destaca a integração com os partidos da oposição que deram peso à eleição de ACM Neto (DEM) para a prefeitura da capital. “Devemos caminhar com aqueles que participaram do projeto que deu a vitória ao prefeito ACM Neto. Não existem alianças paralelas, mas se o PP quiser se incorporar ao projeto será bem-vindo”, afirmou.  Segundo ele, por enquanto não há notícias de conversa exclusiva entre os partidos. “Se houver será junto ao projeto de 2012”.
 
Demonstrando que anda de olho nas movimentações dos aliados, o presidente estadual do PT, Jonas Paulo, disse que ainda não vê ameaças no quadro.  “Há uma movimentação de pessoas que querem de certa medida interditar o PT”, disse.  Porém, sem deixar de mandar recado, o petista disse que o mais importante, alguns políticos do Congresso Nacional não estavam fazendo “que é buscar o plebiscito para a reforma política”. “Ficam plantando armadilhas, mas não votam o que importa e que visa acabar com o financiamento por parte de grandes grupos econômicos”, criticou.
Do Ilhéus 24H

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