sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Alisson Mendonça pede exoneração



 






Em uma decisão anunciada no final da tarde desta quinta-feira (24), o secretário de Planejamento e visto como um dos grandes responsáveis pela nova composição política do governo municipal, Alisson Mendonça, retornou à Câmara de Vereadores. Mas longe de ser uma nova crise política no Palácio Paranaguá. Por telefone, ele disse aoJornal Bahia Online que vai aproveitar estas últimas sessões ordinárias para recompor  a base governista na Câmara, que, segundo afirmou, anda meio desarrumada. "Quero estar mais próximo dos vereadores até o dia 15 de dezembro", disse. Mas há, de fato, uma outra versão para a manobra. Primo e um dos principais desafetos do suplente petista Rafael Benevides, a permanência de Alisson até a última sessão terá, pelo menos, um prejuízo financeiro para Rafael.

De acordo com a Lei Orgânica do Município, sem participar da última sessão do ano, o vereador - ou suplente - fica sem receber os subsídios até o reinício dos trabalhos legislativos no ano seguinte. Ou seja: Alisson até o dia 15 de dezembro na Câmara, deixa Rafael sem salário por, pelo menos, três meses. Rafael - filho do ex-chefe de limpeza do município, Cézar Benevides, está entre os maiores opositores da atual administração. Ontem, ao discursar num carro de som, na porta do Palácio, fez fortes críticas a Alisson e ao próprio prefeito de Ilhéus.

24 horas antes, no plenário da Câmara, chegou a chamar os petistas que estão no governo de "guerrilheiros" e, num discurso inflamado, garantiu que na atual administração "não há nada que se aproveite". A presença de Rafael - neste atual mandato na condição de primeiro suplente do PT - no arco de oposição ao governo do próprio PT, vinha desagradando o comando do partido. Recentemente ele piorou ainda mais a situação, ao anunciar filiação partidária ao PP, e apoiar a eleição em 2012 do secretário geral do partido, Jabes Ribeiro.
Rafael já temia a manobra. Na sessão da última quarta chegou a dizer na tribuna da Câmara que não temia prejuízos financeiros. "Prejuízo maior já tive não me elegendo desta vez. Agora só penso em 2012", afirmou em plenário.

De acordo com Alisson, a sua "saída" do governo não inviabiliza as conversas que vem mantendo com o presidente municipal do PMN, Carlos Massarollo, convidado a ocupar a secretaria de Turismo do município. Por Massarollo, o partido já estaria na base. Mas há uma certa resistência do único vereador da sigla, Jailson Nascimento. "Vou continuar conversando com o PMN. Isso quem conduz sou eu", disse o ex-secretário. A pasta, pelo menos até dezembro, será ocupada pelo chefe de Gabinete, José Nazal.
jbo

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