domingo, 12 de junho de 2011

Comissão rejeita inclusão de educação sexual no currículo escolar

Agencia da Câmara

Diógenis Santos
Alice Portugal
Alice Portugal: mudanças curriculares devem ser feitas por meio de indicação ao governo.
 
A Comissão de Educação e Cultura rejeitou na quarta-feira (8) o Projeto de Lei 313/07, do deputado Maurício Trindade (PR-BA), que obriga os sistemas municipais e estaduais de ensino a incluírem disciplinas de educação sexual no currículo de escolas públicas e privadas de ensino fundamental e médio. A proposta também reduz a idade mínima para cirurgias de esterilização e obriga o poder público a oferecer pelo menos três métodos contraceptivos reversíveis. O projeto altera a Lei 9.263/96, que regulamenta as políticas de planejamento familiar.

A relatora, deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), recomendou a rejeição da proposta e dos projetos de lei 1308/07, 1413/07, 1686/07 e 2464/07, que tramitam conjuntamente. Ela lembra que súmula da Comissão de Educação recomenda aos relatores a rejeição de proposta sobre alterações curriculares em qualquer nível de ensino.

As mudanças curriculares são normatizadas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) – Lei 9.394/96. A inclusão ou alteração de currículo é competência, primeiramente, da comunidade escolar e dos conselhos de educação (federal, estaduais e distrital), e, depois, dos órgãos do Poder Executivo que cuidam da educação, como secretarias da Educação e o Ministério da Educação – responsável pela definição das diretrizes para a organização curricular.

A súmula da comissão recomenda que a alteração do currículo escolar, em qualquer nível ou modalidade de ensino, deve ser sugerida por meio de indicação, a ser encaminhada ao Poder Executivo, cabendo ao Ministério da Educação decidir se acolherá a sugestão de mudança.

Tramitação
O projeto ainda será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votado pelo Plenário.
Reportagem – Murilo Souza
Edição – Paulo Cesar Santos

Um comentário:

  1. E nem é necessário...

    Educação Sexual já é tema transversal de diversas disciplinas da grade curricular comum.

    Em disciplinas como Educação Física, por exemplo, é assunto obrigatório para constar nos Planos de Curso.

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